6.06.2011

Um apontamento sobre Paulo

Dados sobre Paulo nos Actos dos Apóstolos

Cidade Natal, Act 21,39
Cidadão Romano, Act 22,25-29
O nome judaico de Saul, Act 7,58
Os estudos na escola de Gamaliel, Act 22,3
Assistiu ao martírio de Estevão, Act 9,17
Logo após o acontecimento de Damasco vai para Jerusalém, Act 9, 26-30
Importância do papel de Barnabé nos seus discursos Act 13,1
Importância de Barbabé na sua primeira viagem missionária Act 15, 1-35
Organização da vida de Paulo em viagens 1ª viagem em Coríntio e 3ª em Efeso
Silêncio total às cartas de Paulo, nem uma palavra sobre as cartas
Silêncio sobre a sua condição de Apostolo
Paulo que continua a observar a lei Judaica

Dados sobre Paulo nas Cartas

A sua pretensa á tribo de Benjamim Fil 3,5; Rom 11,1
Paulo um fariseu
Paulo que viu a Cristo e por isso testemunha a ressurreição 1Cor 15,8
Informação de que Paulo sobe a Jerusalém só três anos depois dessa Cristofania Gal 1,18-24
Paulo que sobe uma segunda vez a Jerusalém Gal 2,1-10

Retrato comum que se pode traçar de Paulo

Damasco como o encontro inicial. Acontecimento Cristofanico que lhe muda a vida
Paulo um cidadão judeu
Perseguidor dos Cristãos
Paulo enquanto figura e tarefa da Evangelização
Fundador de Igrejas
Paulo que mantinha um trabalho normal para que não fosse pesado à comunidade
A perseguição que Paulo sofreu
Paulo no meio de uma oposição e tensão constante

Ethos, Pathos e Logos na Probatio de 1Tessalonicenses

Esta pequena análise destes três elementos Ethos, Pathos e Logos faço-os recair sobre a Probatio (Tess 4,1-5,10) desta carta aos Tessalonicenses. Estes elementos aqui referidos caracterizam-se:

Ethos: O discurso feito de tal forma que o autor pretende captar a atenção do auditório.
Quanto ao resto, irmãos, pedimo-vos e exortamo-vos no Senhor Jesus Cristo, a fim de que, tendo aprendido de nós o modo como se deve caminhar e agradar a Deus - e já o fazeis - assim progridais sempre mais. Conheceis bem que preceitos vos demos da parte do Senhor Jesus. Esta é, na verdade, a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão, que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e honra, sem se deixar levar pelo desejo da paixão como os pagãos que não conhecem Deus. Que ninguém, nesta matéria, defraude e se aproveite do seu irmão, porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhámos. Com efeito, Deus não nos chamou à impureza mas à santidade. Pois quem despreza estes preceitos não despreza um homem, mas o próprio Deus, que vos dá o seu Espírito Santo. A respeito do amor fraterno não precisais que se vos escreva, pois vós próprios fostes ensinados por Deus a amar-vos uns aos outros; aliás, vós já o fazeis com todos os irmãos da Macedónia. Exortamo-vos, irmãos, a progredir sempre mais, a ter como ponto de honra viver em paz, a ocupar-vos das próprias actividades, a trabalhar com as vossas mãos, como vos recomendámos, de modo que vos comporteis honestamente perante os de fora e não preciseis de ninguém. Tess 4,1-12

Pathos: Caracteriza-se pela maneira como o auditório recebe a mensagem que antes lhe foi dirigida. Mais, a forma como esta causa emoção, é a relação emocional de Paulo com a comunidade.
Irmãos, não queremos deixar-vos na ignorância a respeito dos que faleceram, para não andardes tristes como os outros, que não têm esperança. De facto, se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus reunirá com Jesus os que em Jesus adormeceram. Eis o que vos dizemos, baseando-nos numa palavra do Senhor: nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que faleceram; pois o próprio Senhor, à ordem dada, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, descerá do Céu, e os mortos em Cristo ressurgirão primeiro. Em seguida nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. Tess 4,13-18


Logos: Este realça o próprio discurso em si. É a construção da argumentação sobre o argumento.
Irmãos, quanto aos tempos e aos momentos, não precisais que vos escreva. Com efeito, vós próprios sabeis perfeitamente que o Dia do Senhor chega de noite como um ladrão. Quando disserem: «Paz e segurança», então se abaterá repentinamente sobre eles a ruína, como as dores de parto sobre a mulher grávida, e não escaparão a isso. Mas vós, irmãos, não estais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Na verdade, todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos nem da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os outros, mas vigiemos e sejamos sóbrios. Os que dormem, dormem de noite e os que se embriagam, embriagam-se de noite. Ao contrário, nós que somos do dia, sejamos sóbrios, revestidos com a couraça da fé e da caridade e com o elmo da esperança da salvação. De facto, Deus não nos destinou à ira mas à posse da salvação por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo que morreu por nós, a fim de que, quer durmamos, quer estejamos vigilantes, com Ele vivamos unidos.

A Carta aos Gálatas

CARTA AOS GALATAS

ANTECEDENTES
1. Paulo e os Gálatas
A intenção de Paulo ao deixar a Antioquia era a de dirigir-se a Éfeso, capital da província da romana da Ásia. No entanto, tal não aconteceu. Segundo os Actos dos Apóstolos (Act 16, 6) terá sido o próprio Espírito Santo que impediu Paulo de rumar até Éfeso. A partir da 2Cor 12, 7, percebemos que Paulo adoeceu. Terá-se tratado muito possivelmente de um ataque súbito, cuja natureza não se pode determinar. Ataque este que fez com que Paulo se desviasse para a Galácia, mais concretamente para Pessinunte (hoje, Balahisar) onde encontrou os Tolistobogi, a mais ocidental das tribos celtas que constituíam a Galácia étnica. Segundos os Escritores antigos tratava-se de homens de grandes estatura, musculados, de aspecto aterrador, geralmente relativamente comprido, bastante acolhedores, mas brigões. De facto, do ponto vista comum dos contemporâneos de Paulo, os Gálatas eram uns simplórios imprevisíveis, instintivamente generosos, ferozes e muito perigosos quando se zangavam, embora sem vigo e fáceis de enganar. Estas qualidades nunca foram erradicadas. Embora nunca tivessem sido helenizados, os Gálatas que viviam na cidade falariam grego, caso contrário Paulo não podia falar com eles.
Apesar de estar num mundo tão diferente do seu, Paulo foi muito bem acolhido pelos gálatas. É próprio Paulo quem diz isto em Gal 4, 14-15 (Embora o meu corpo fosse para vós uma provação, não reagistes com desprezo nem nojo. Pelo contrário: recebestes-me como um anjo de Deus, como a Cristo Jesus. Onde estava, pois, a vossa felicidade? Sim, disto eu sou testemunha a vosso favor: se tivesse sido possível, teríeis arrancado os vossos olhos para mos dar.)
O modo como Paulo transmitiu o Evangelho aos gálatas permanece um mistério, já que haveria pouca ou nenhuma base comum para trabalharem. No entanto, Paulo terá deixado uma impressão tão forte no gálatas, que passados seis anos não foi fácil, para uns emissários de Antioquia, convencerem os gálatas que a visão de Paulo acerca do Evangelho estava errada.
Uma das razões apontadas para o enraizamento dos gálatas no Evangelho é tempo que Paulo passou entre estes. Possivelmente dois anos, do Verão de 46 ao Verão de 48. Sendo que um ano é certo que Paulo terá passado entre os gálatas. Ademais, Pessinunte era um grande entreposto comercial, o maior da zona, ajuntando que albergava o templo das mães dos deuses, Agdístis/Cibele, a deidade suprema da Frígia, que tinha sido adoptada pelos gálatas. Duas razões que Paulo terá visto como vantagens para permanecer em Pessinunte, depois de recuperado da sua doença.
Note-se ainda, que Pessinunte era a única zona do mundo antigo em que uma deusa reinava sem competição (Atís, o deus masculino que estava associado a Agdístis/Cibele era seu servo e companheiro insignificante), o que como é obvio afectava o estatuto das mulheres na Frígia e, sem duvida, reforçou em Paulo o reconhecimento das mulheres cristãs, como totalmente iguais.
2. A Crise na Igreja da Galácia
O corte de Paulo com a Igreja de Antioquia em Act 15, 40, fez com que a Igreja de Antioquia, ou mais concretamente, alguns nesta, considerasse que Paulo não tivesse autoridade apostólica. Pois, inicialmente Paulo havia sido enviado em missão precisamente pela Igreja de Antioquia (Act 13, 1-3). Iniciou-se assim uma operação por parte da Igreja de Antioquia, com os judaizantes como executores, de recuperar as Igrejas formadas por Paulo. Para tal, os emissários de Antioquia punham em causa o evangelho anunciado por Paulo, pois veiculavam o cumprimento da Lei Judaica como condição para salvação, e degeneravam a credibilidade de Paulo. De facto, em algumas das comunidades formadas por Paulo, esta iniciativa teve grande impacto.
Não obstante os gálatas terem, tudo aponta, grande dificuldade em aceitar que pusessem em causa a imagem de Paulo, e terem provavelmente insistido para que Paulo fosse consultado, havia um ponto da mensagem dos antioquenos que exercia sobre eles uma grande atracção, a Lei. Pois, os gálatas não eram dados a grandes reflexões, e diante da oferta de um código de leis em que se prevê a vida toda e todos os actos do homem, ficariam interessados. Deve-se ter em conta que esta Lei lhe era apresentada junto com a confissão messiânica de Jesus.
A RESPOSTA DE PAULO
É fácil imaginar a surpresa de Paulo, quando soube que alguns dos seus convertidos se estavam a mostrar receptivos a um Evangelho que respeitava as observâncias da Lei. Na sua resposta transparece o seu desnorteamento (Gal 5, 7) e mesmo o seu desespero (Gal 4, 11), mas o sentimento dominante é, sem dúvida, a raiva contida. Paulo, sabia, no entanto, que a situação era séria demais para uma explosão da sua cólera. Compreendeu que tinha de dar uma resposta muito bem trabalhada, em cada detalhe, dos argumentos levantados contra si. Para mais, os intrusos ainda estavam na Galácia e, por isso, Paulo além de ter que mostrar que o seu Evangelho é que era o verdadeiro, tinha também de mostrar, que a perspectiva dos antioquenos acerca do Evangelho não estava tão bem fundamentada como eles imaginavam.
A carta aos Gálatas trata assim da crise da Antioquia e da relação da lei com a liberdade.
1. A crise de Antioquia, sob a perspectiva de Paulo
A delegação de Antioquia tinha cometido o erro táctico de insistir na dependência de Paulo a Jerusalém, que diziam eles ser a fonte do cristianismo antigo. Paulo, na sua carta aos Gálatas responde, documentando facilmente, como tinha passado pouco tempo em Jerusalém, como cristão. Como, após, a sua conversão só fora duas vezes a Jerusalém, e ambas de estadia curta. Sendo sempre nelas bem recebido por Cefas (Pedro), Tiago e João, considerados as pedras angulares da Igreja. Para mais, é na carta aos gálatas que se dá a mudança na forma como Paulo se apresenta. Paulo, passa a apresentar-se como apóstolo da parte de Jesus, e não da parte de nenhum homem (Gal 1, 1). Ajuntando que o Evangelho que transmitia fora-lhe dado por Jesus aquando da sua conversão (Gal 1, 11-12. 15). O que faz de Paulo uma testemunha do encontro com Cristo ressuscitado, tal como Pedro e Tiago.
2. A Lei e Graça
A Carta aos Gálatas mostra ainda Paulo a «interagir» com a delegação, aceitando os seus pontos de vista, mas «dando-lhes» a volta, para fundamentar a sua tese. Assim, Paulo aceita a figura de Abraão, proposta pelos antioquenos, mas mostra que este foi abençoado porque tinha aceitado a Palavra de Deus (Gn 15, 5). Ou seja, que foi este acto de fé que caracterizou a vida subsequente de Abraão. A fé era, portanto, fundamental e tudo mais era secundário e, em particular, a Lei, que foi dada 430 anos depois da promessa, à qual Abraão respondeu com a fé (Gal 3, 17).

1ª Epístola aos Tessalonicenses

Introdução

A epístola aos tessalonicenses nasce durante o percurso da segunda viagem apostólica efectuada por Paulo. Na verdade, como nos atestam os Act 16 , Paulo e Silas, após terem saído da cidade de Filipos, na qual sofreram flagelações e o cárcere, prosseguem em direcção a esta cidade da Macedónia: Tessalónica.

Tessalónica, devido à sua posição estratégica, representava um importante interposto comercial da época. Fundada em 315 pelos macedónios, ela obteve do imperador Augusto o privilégio de ser cidade livre. Isto grarantia-lhe a presença tanto de um sendado (βουλή) próprio como de uma assembleia do povo (δμος), cujos magistrados eram chamado de politarcas (Act 17, 8). Pela sua prosperidade, esta cidade conheceu vários movimentos imigratórios de estrangeiros. Os judeus seriam em número considerável, a ponto de aí possuírem uma sinagoga (Act 17, 2).

Após o aparente insucesso em Filipos, Paulo e Silas chegam a Tessalónica, e, como era habitual nas missões paulinas, estes começam por abordar em primeiro lugar os judeus. Todavia, o sucesso do apóstolo não foi esplendoroso: aí, ele não conseguiu mais que três pregações nas sinagoga. Contudo, alguns dos judeus, mas sobretudo pagãos, se cob«nverteram à nova doutrina, tendo, provavelmente, começado a reunir-se em casa de um tal Jasão.

Porém, e mais uma vez o atesta os Act 17: 5Mas os judeus, cheios de inveja, aliciaram alguns indivíduos da escória do povo, provocaram ajuntamentos e espalharam a agitação pela cidade. Assaltaram a casa de Jasão, à procura de Paulo e Silas, para os levarem à assembleia do povo. 6Não os tendo encontrado, arrastaram Jasão e alguns dos irmãos à presença dos politarcas, gritando: «Aqui estão os homens que alvoroçaram o mundo inteiro, 7e Jasão recebeu-os em sua casa. Todos eles estão em oposição aos éditos de César, pois afirmam que há outro rei, Jesus.»”

O tempo de permanência de Paulo e Silas em Tessalónica foi certamente curto: apenas de dois ou três meses. Pois, com a emergência desta insurreição contra eles, viram-se obrigados a sair da cidade, deixando preocemente a comunidade cristã recentemente fundada.

Prosseguindo a viagem pela Macedónia, passando por Bereia e Atenas, é aquando da sua missão nesta última cidade que Paulo, apreensivo com os recém convertidos de Tessalónica, decide enviar-lhes o seu companheiro Timóteo, a fim de os confirmar na fé e recolher notícias. Já em Corinto, Paulo encontra Timóteo, vindo de Tessalónica e trazendo-lhe novas de Tessalónica. Diz-lhe que os cristãos dessa cidade estavam repleto de afectos por Paulo, firmes na fé, mesmo diante das perseguições. Contudo, dá-lhe conta de que ainda persistem alguns traços de vida pagã, algumas questões morais e dúvidas sobre a sorte dos irmãos falecidos.

Paulo, vendo-se impedido de ir a Tessalónica, resolve escrever-lhes uma carta. É, por conseguinte, nestas circunstâncias que nasce a1ª epístola aos tessalonicences.

A Epístola aos Tessalonicenses

Timóteo dá conta a Paulo do fervor dos fiéis de Tessalónica, pelo que este acabará por declarar que eles são para si a sua alegria e glória (1Tm 2, 19). Porém, Paulo pretende sobretudo defender-se das mentiras que sobre ele dizem os seus inimigos, isto é, de que Paulo não se interesa mais pelos tessalonicenses; ao contrário, Paulo vai procurar dar a conhecer que não teve êxito em ir de novo ter com eles. Mas, conhecendo a fidelidade dos tessalonicenses a cristo, Paulo vai procurar corrigir alguns erros. Neste sentido, pouco depois escreverá uma segunda carta, na qual vai procurar efectuar algumas precisões sobre a questão da parusia.

No que toca agora à questão da autenticidade, esta encontra-se bem apoiada na crítica externa. Ambas as cartas se encontram provavelmente citadas em S. Inácio de Antioquia, certamente n’O Pastor de Hermas, em S. Policarpo, em Marcião (incristas já no cânone do NT). Clemente de Alexandria menciona-as igualmente, bem como S. Ireneu, que diz terem sido recebidas por todas as Igrejas como sendo da autoria do Apóstolo.

Estes dados, juntamente com outros, permitem tirar algumas conclusões: calcula-se que cerca de 90% das palavras usadas em ambas as epístolas aos tessalonicenses encontram-se nas grandes epístolas e naquelas do cativeiro. Enfim, na 1ª epístola encontramos o coração e a alma de S. Paulo: a sua grande afeição pelos irmãos que ganhou em Cristo, a sua delicada confiança na sua fidelidade, e já se encontra uma consciência dos seus direitos de apóstolo.

Análise do texto

Depois do endereço e da saudação (1,1) abre-se uma longa acção de graças pelos frutosda pregação evangélica. O apóstolo acrescenta ainda uma refutação contra as calúnias que os judeus lançaram contra ele entre os membros da comunidade.

A força do Espírito operou entre os tessalonicenses uma conversão que todo o mundo de então admira (1, 2-10).

Paulo menciona que os sofrimentos que os tessalonicenses sofrem, sofrem-nos por causados frutos de salvação, tal como os cristãos da Palestina sofreram às mãos dos judeus. A sua ira estendeu-se a Paulo e aos seus companheiros, mas igualmente aos povos de então, onde muitas vezes constituíam um obstáculo à evangelização. Por esta razão é que Paulo se vê impedido de se juntar aos tessalonicenses (1Tm2, 17ss), e decide enviar Tomóteo, que regressa com boas notícias (1Tm 3, 1-13).

O texto da carta prossegue com algumas exortações à fidelidade que Paulo faz à comunidade (4, 1—5,22): que os irmãos caminhem cada vez mais perfeitamente no amor de Deus; que, em oposição aos pagãos, perseverem na castidade (4, 3-8); que guardem a caridade fraterna 9-10a; que trabalhem com as próprias mãos (10b-12).

A respeito da sorte dos irmãos defuntos, Paulo recorda uma palavra do Senhor: de que um dia estaremos, para sempre, com o Senhor (13-18). Sabendo Paulo que este dia virá subitamente, exorta os tessalonicenses a permanecerem vigilantes e unidos a Cristo pela fé, esperança e caridade. Este consiste no verdadeiro meio de receber a salvação (5 1-11). O apóstolo dá, por fim, alguns conselhos para a vida da comunidade, sobretudo no que toca as manifestações carismáticas (12-22).

A epístola termina com a afirmação dos seus desejos e saudações habituais (5, 23-28).

Conteúdos doutrinais

a) Apostolado de Paulo numa comunidade gentílica: Paulo tema a consciência de ser apóstolo de Deus e sucessor dos profetas. Sabe-se também escolhido por Deus para anunciar a boa nova (1Tm2,4), que ela faz com uma segurança que vem de Deus (1Tm2,2). Ele procura umprir este propósito, sem buscar a glória humana mas para agradar a Deus (1Tm2,4b;2,6).

Na pregação ao tessalonicenses, ele não os ridiculariza pelo seu culto aos deuses sem vida, nem os coloca sob os judeus; ao invés, ele no facto de que Cristo oferece a salvação a todos, tanto judeus como pagãos.

A esperança do reino glorioso de Deus é a base da moral que Paulo prega aos anciãos convertidos ao cristianismo. Porque Paulo não conseguiu completar a foemação cristã dos tessalonicenses, ele reconhece que padecerão de tentações de voltar aos costumes pagãos (4,3-12), e a uma falsa interpretação da pregação messiânica.

Pos esta razão, duas linhas fundamentais emergem já desta primeira pregação, e que serão posteriormente desenvolvidas nas grndes epístolas: 1) A salvação de Deus foi dada por meio de Cristo àqueles que n’Ele creram (1Tm2,13; 4,14); 2) Eles devem receber a salvação de Deus com submissão à autoridade do apóstolo e na fidelidade às tradições que remontam ao Senhor Jesus.

b) A escatologia: Consiste na mensagem mais relevante das epístolas aos tessalonicenses. Cristo, ressuscitado por Deus, arrancará da ira do mundo futuro aqueles que se voltarem para Ele; Deus reunirá no cortejo final os que se deixaram conduzir pela fé e que morreram em Cristo (1,9;4,14-16).

Seguindo a tradição profética, Paulo fala do dia do Senhor, no final da história. Os tessalonicenses devem, pois, preprar-se como filhos da luz (5,5; 5,10ss; 2,14ss).

c) Esperança da parusia: Ao lado das forças do mal, Paulo apresenta o bem escatológico de todos aqueles que são consuzidos pela fé, pela caridade e pela esperança, em vista do dia do Senhor (5,8). Seguindo uma representação imaginada, ele descreve (4,15-17)o destino glorioso dos eleitos de Deus. Estas imagens tradicionais servem para exprimir uma ponto essencial da mensagem cristã: que Cristo glorioso virá, no dia do Senhor, de forma súbita, como um ladrão na noite (5,2).

Identificação de formas de argumentação retórica (ethos, pathos e logos) na Primeira Epístola aos Tessalonicenses

Estas três formas de argumentação retórica, identificadas por Aristóteles, distinguem-se pelo seguinte:

w Ethos: Quando a argumentação assenta no carácter (ethos) do orador, isto é, sempre que o discurso é apresentado de forma a fazer quem fala merecer a atenção do auditório.

w Pathos: Quando a argumentação assenta no estado emocional (pathos) do auditório, ou seja, sempre que um discurso tem capacidade para despertar alguma emoção, uma vez que os veredictos são diferentes conforme o estado de espírito.

w Logos: Quando a argumentação assenta num argumento (logos) propriamente dito, ou seja, sempre que se prova que é verdade (ou parece ser verdade) a partir do que é convincente em cada tópico do discurso.

Assim sendo, podemos identificar alguns trechos de 1 Ts, correspondentes a cada uma das argumentações[1]:

Ethos

Pathos

Logos

1 Ts 4, 1Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais;

2 porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus.

10aExortamo-vos, porém, a que ainda nisto continueis a progredir cada vez mais,

11 e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado;

12 para que andeis honestamente para com os que estão de fora e não necessiteis de coisa alguma.

1 Ts 4, 13 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.

14 Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele.

15 Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem.

16 Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;

17 depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

18 Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

1 Ts 4, 8 Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas, sim, a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.

9 Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;

1 Ts 5, 1 Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva;

2 porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite.

5 porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.

8 Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade e tendo por capacete a esperança da salvação.

9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,

10 que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.



[1] Centrámo-nos sobretudo nos capítulos 4 e 5 pois consideramo-los como a probatio da carta.

Epístolas

Romanos

1 Coríntios

2 Coríntios

Gálatas

Efésios

Filipenses

Rementente

Romans 1:1-10 PAULO, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus. 2 O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras, 3 Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de David segundo a carne, 4 Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor, 5 Pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome, 6 Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.

1 Corinthians 1:1 1PAULO (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes,

1PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo,

1PAULO, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), 2 E todos os irmãos que estão comigo,

1PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus,

1PAULO e Timóteo, servos de Jesus Cristo,

Destinatário

7a A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos:

2 à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:

1 à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia.

2 às igrejas da Galácia:

1 aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:

1 a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:

Saudação inicial

7b Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

3 Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

2 Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.

3 Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, 4 O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai, 5 Ao qual seja dada glória para todo o sempre. Amém.

2 A vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo!

2 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do SENHOR Jesus Cristo.

Acção de graças

8 Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé. 9 Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós, 10 Pedindo sempre em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco.

4 Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo. 5 Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento 6 (Como o testemunho de Cristo foi mesmo confirmado entre vós). 7 De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, 8 O qual vos confirmará também até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor.

3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; 4 Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. 5 Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo. 6 Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação e salvação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; 7 E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação. 8 Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos. 9 Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; 10 O qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda, 11 Ajudando-nos também vós com orações por nós, para que pela mercê, que por muitas pessoas nos foi feita, por muitas também sejam dadas graças a nosso respeito. 12 Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco.

2 A vós graça, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo! 3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; 4 Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; 5 E nos predestinou para filhos de adopção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, 7 Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, 8 Que ele fez abundar para connosco em toda a sabedoria e prudência; 9 Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, 10 De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; 11 Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; 12 Com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; 13 Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. 14 O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.

3 Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, 4 Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas, 5 Pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora. 6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; 7 Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho. 8 Porque Deus me é testemunha das saudades que de todos vós tenho, em entranhável afeição de Jesus Cristo. 9 E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, 10 Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; 11 Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.

Epístolas

Colossenses

1 Tessalonicenses

2 Tessalonicenses

1 Timóteo

2 Timóteo

Tito

Filémon

Rementente

1 PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo,

1 PAULO, e Silvano, e Timóteo,

1 PAULO, e Silvano, e Timóteo,

1 PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do SENHOR Jesus Cristo, esperança nossa,

1 PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus,

1 PAULO, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, 2 Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; 3 Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador;

1 PAULO, prisioneiro de Jesus Cristo, e o irmão Timóteo,

Destinatário

2a aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos:

1 à igreja dos tessalonicenses em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo:

1 à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo:

2 a Timóteo meu verdadeiro filho na fé:

2 a Timóteo, meu amado filho:

4 A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum:

1 ao amado Filémon, nosso cooperador, 2 E à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa:

Saudação inicial

2b Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.

1 Graça e paz tenhais de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.

2 Graça e paz a vós da parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.

2 Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor.

2 Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da de Cristo Jesus, Senhor nosso.

4 Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

3 Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

Acção de graças

3 Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós, 4 Porquanto ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes para com todos os santos; 5 Por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, 6 Que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade;

2 Sempre damos graças a Deus por vós todos, fazendo menção de vós em nossas orações, 3 Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai, 4 Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; 5 Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós. 6 E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo.

3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; 4 Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. 5 Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo. 6 Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação e salvação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; 7 E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação. 8 Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos. 9 Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; 10 O qual nos livrou de tão grande morte, e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda, 11 Ajudando-nos também vós com orações por nós, para que pela mercê, que por muitas pessoas nos foi feita, por muitas também sejam dadas graças a nosso respeito. 12 Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco.

12 E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério, 13 a mim, que, dantes, fui blasfemo, e perseguidor, e opressor; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade. 14 E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo. 15 Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. 16 Mas, por isso, alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna. 17 Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amén!

3 Dou graças a Deus, a quem desde os meus antepassados sirvo com uma consciência pura, de que sem cessar faço memória de ti nas minhas orações noite e dia; 4 Desejando muito ver-te, lembrando-me das tuas lágrimas, para me encher de gozo; 5 Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.

4 Graças dou ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações; 5 Ouvindo do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus Cristo, e para com todos os santos; 6 Para que a comunicação da tua fé seja eficaz no conhecimento de todo o bem que em vós há por Cristo Jesus.