5.09.2011

O Ethos, Pathos e o Logos na Carta a Filémon

Na carta a Filémon, os versículos de 11 a 18 são o momento mais importante do discurso, é o momento de argumentar e persuasão, é onde se demonstra a força do orador e onde dá as razões válidas da sua posição.

Por isso nestes versículos vou identificar, como afrmava Aristoteles, os três momentos fortes do discurso, que são o Ethos, é aquilo que permanece, ou seja, o carácter do orador, o Pathos, é o efeito que o orador faz na comunidade, aquilo que desperta no auditório e o Logos, é o discurso.

Ethos: “que outrora te era inútil, mas agora é, para ti e para mim, bem útil. É ele que eu te envio: ele, isto é, o meu próprio coração” (Flm 1,11-12).

Pathos: Eu bem desejava mantê-lo junto de mim, para, em vez de ti, se colocar ao meu serviço nas prisões que sofro por causa do evangelho. Porém, nada quero fazer sem o teu consentimento, para que o bem que fazes não seja por obrigação, mas de livre vontade (Flm 1,13-14).

Logos: É que, afinal, talvez tenha sido por isto que ele foi afastado por breve tempo: para que o recebas para sempre, não já como escravo, mas muito mais do que um escravo: como irmão querido; isto especialmente para mim, quanto mais para ti, que com ele estás relacionado tanto humanamente como no Senhor. Se, pois, me consideras em comunhão contigo, recebe-o como a mim próprio. E se ele te causou algum prejuízo ou alguma coisa te deve, põe isso na minha conta (Flm 1,15-18).

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