6.05.2011

Filipenses - A Comunidade Cristã

“Passamos nesta cidade alguns dias. Quando chegou o sábado, saímos fora da porta, junto à margem do rio, onde parecia-nos haver um lugar de oração. Sentados, começamos a falar às mulheres que se tinham reunido. Uma delas, chamada Lídia, negociante de púrpura da cidade de Tiatira, e adoradora de Deus, escutava-nos. O Senhor abrira o coração, para que ela atendesse ao que Paulo dizia. Tendo sido baptizada, ela e os de sua casa, fez-nos este pedido: “Se me considerais fiel ao Senhor, vinde hospedar-vos em minha casa”. E forçou-nos a aceitar.” (Act. 16,12-15)

Quando nos aventuramos a descobrir como seria a comunidade cristã de Filipos, notamos, antes de mais, que se Paulo escreveu em Grego, tal indica que maior parte dos seus convertidos não pertencia ao seguemento latino da população. Nos membros mencionados na epístola paulina, notamos que apenas Clemente (4,3) é um nome romano, ao passo que Evódia, Síntique (4,2) e Epafrodito (2,25) são gregos, não se encontrando qualquer nome judeu. (cf. O’CONNOR, p.98)

As estratégia de evangelização de Paulo passava muitas vezes pela conversão dos “tementes a Deus”, pagãos que se sentiam atraídos pela monoteísmo austero do Judaísmo, ou mesmo pela ética judaica, e que frequentavam a sinagoga e conheciam as escrituras. (cf. O’CONNOR, p.98). O’ Connor levanta a hipótese de que Paulo saberia que existia judeus na Macedónia e em Filipos, pois a própria localização económica especial, potenciada pelo porto de mar, pela Via Egnácia, seria um bom sítio para atrair uma comunidade judaica. (cf. O’CONNOR, p.98-99).


(Como fontes bibliográficas foram utilizados os apontamentos da unidade curricular de Escritos paulinos; O’CONNER, Jerome Murphy - Paulo, um homem inquieto, um apóstolo insuperável. Paulinas - Prior Velho, 2008).

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