6.03.2011

O Império e a evangelização

A utilização de Paulo das estruturas romanas
Segundo afirma S. Paulo, Cristo veio ao mundo na plenitude dos tempos (Cf.Gl 4, 4), ou seja, num tempo histórico concreto que possuiu condições excepcionais para acolher o Filho de Deus. Estas condições vão-se revelar de grande importância para a evangelização .
Para realizar esta tarefa, embora Cristo tenha vindo ao mundo na Palestina, esta não era mais do que uma pequena província do grande império romano. Daí necessidade de estudar as infra-estruturas do império, principalmente não seu lado oriental, no qual viveu e pelo qual se difundiu a mensagem de Jesus de Nazaré .
Surge como providencial para a realização de tão grande obra como foi a evangelização de todo o orbe romano, foi a sua unificação de todo o mundo civilizado sob a mesma autoridade administrativa. Com efeito não é difícil entender as maravilhas que isto realizou principalmente no tocante à difusão da mensagem.
Para dar alguns exemplos sobre o que representava esta união podemos começar por exemplo pelas vias de comunicação. Uma via de comunicação privilegiada no império era o mar Mediterrâneo, de tal modo que ele era conhecido como mare nostrum . Com efeito toda a costa do Mediterrâneo pertencia ao Império e embora não fosse aconselhada a sua travessia nalgumas alturas do ano, ele ligava a maior parte dos povos do império e por isso era via de comunicação excepcional .
Em relação à rede viária, também se nos torna fácil entender a sua magnitude dando alguns exemplos de vias romanas. Por exemplo, a via Egnatia, tinha uma extensão de aproximadamente 800 quilómetros, visto que ligava o estreito do Bósforo (o que é hoje Istambul) com à costa do Adriático, naquilo que hoje é a Croácia.
Outro exemplo que pode ainda ser mais elucidativo é a via Maris, que começava em Alexandria, no Egipto e terminava em Esmirna, nas costas do mar Egeu. Isto depois de ter passado por cidades tão importantes na altura como: Jaffa, Cesareia marítima, Antioquia da Síria, Tarso, Antioquia da Pisídia, Mileto e Éfeso .
Estes dois exemplos são só por si bastante elucidativos na parte oriental do Império, mas o mesmo acontecia no Ocidente e por isso é fácil entender que todos os caminhos vão dar a Roma, pois que dela partiram todas as vias.

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